"Subsiste o preconceito de que a preocupação com a imagem é sinônimo de futilidade.
Como sugere a edição de dezembro da revista Allure, é irônico pensar que os dress codes foram criados originalmente para tornar a escolha de um look menos confusa. (...) O "dress to impress" e o "be at your best" provocam ataques de pânico e crises de ansiedade em mulheres de todo o mundo. A situação torna-se mais aguda num universo repleto de mensagens mistas e de opções abundantes, que vêm comprovar que o momento da história da moda que atravessamos é de enorme liberdade: minivestidos tentadores, elegantes conjuntos de duas peças, criações dignas de noite de Oscar. (...) "Hoje tudo parece possível", afirma Andrew Gn, mestre em criar peças únicas que empurram estrelas como Demi Moore e Kate Beckinsale para o topo das listas das mulheres mais bem vestidas. (...) É interessante observar que ainda hoje, o little black dress, a peça bandeira de Coco Chanel, continua a ser sugerido pelos especialistas da área. Mantem-se como "bóia de salvação" do estilo, que funciona sempre que os cabelos, as unhas e os acessórios se encontram em perfeitas condições. É também uma boa alternativa para o vestido longo. "Uma peça até os pés é excessivamente chique e há poucas ocasiões em que seu uso é realmente justificado", aposta a stylist portuguesa Joana Pires, que colabora regularmente com a Vogue. Ela lamenta que "quem teve o bom senso de produzir-se é quem parece estar demais. Mas é esta pessoa que está bem", defende. Isabel Costa, diretora de moda das lojas Fashion Clinic, também lastima a necessidade geral de "passar uma imagem de que 'não me esforcei porque sou uma pessoa séria'". Geralmente uma das mulheres mais elegantes nos eventos em que marca presença, resume tudo a uma questão de boa educação e simpatia. "Sempre dress up. O anfitrião merece o nosso esforço. Se chegar à festa e vir que está demais, na pior das hipóteses, tire os brincos para simplificar." Segundo a estilista Carolina Herrera "É melhor estar overdressed do que underdressed. No entanto, se for convidada para um almoço, não apareça vestida para um cocktail". CH sugere: "Quando aconselho as pessoas que visto, digo-lhes que devem escolher algo que se adapte ao seu estilo, à sua personalidade e que projete a imagem que querem passar. (...) mas que evitem sempre o que não caia bem, independentemente do quão tendência seja." Deve-se ter cuidado com os investimentos excessivos em roupas: "Não faz sentido investir muito em peças que parecem ter saído de uma loja qualquer." Aposte em bons materiais, excelente caimento e acabamentos perfeitos.
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